SIM. OS ISRAELENSES JOGAM FUTEBOL!
segunda-feira, junho 18, 2007
 
  1:27 PM 4 comments
terça-feira, janeiro 24, 2006
  O ódio continua...

Essa deu no site do Terra.

Pela primeira vez, a Copa da África viu em campo jogadores do futebol israelense - justamente em um país árabe, o Egito.
No jogo Nigéria 1 x 0 Gana (disputado nessa segunda-feira, dia 23), quatro dos atletas presentes em campo atuam em equipes de Israel. Pelo lado dos ganeses, o goleiro Adjei (do Ashdod), o zagueiro Pantsil (do Maccabi Tel-Aviv) e o meia Pappoe (do Ashdod). Pela Nigéria, o goleiro Enyema.

Os jogadores entraram em campo com um pouco de tensão e, de fato, foram vaiados, principalmente os de Gana, pela torcida egípcia de Port Said, já que atuam em "território inimigo".
Pappoe e o Pantsil disseram que, durante a partida, falavam palavras em hebraico para despistar os marcadores nigerianos.
Abaixo, o zagueiro John Pantsil, jogando pelo Maccabi Tel-Aviv, dando um senhor carrinho no brasileiro Zé Roberto.



O Beitar Yerushalaim ainda insiste em ter o atacante Aloísio, do São Paulo. O lateral-direito Índio, ex-Corinthians (e hoje no Beitar), está tentando convencer o ex-atleta Raí a ser assessor e consultor do principal time de Jerusalém.
O francês Luis Fernandez, técnico do Beitar, e Raí jogaram juntos no Paris Saint German.
 
quarta-feira, janeiro 18, 2006
  Saindo do limbo

Peço desculpas aos (poucos) leitores do Portal Kadureguel por ficar sem atualizá-lo por dois meses. Realmente perdão.
Confesso que tinha perdido um pouco da vontade, do tesão de escrever sobre futebol israelense.
Aos poucos, fui recebendo e-mails e mensagens de pessoas que eu não conheço que liam e gostavam do blog. Resolvi voltar. Ou tentar voltar.

Muita coisa aconteceu nesses últimos 60 dias. Resumidamente, tentarei deixá-los atualizados.
Vamo lá?

1) Continua a onda de especulações no Beitar Yerushalaim.
Depois de ser comprado pelo bilionário russo Arkadi Gaydamak, não faltam promessas para um time forte e competitivo a nível europeu. Depois de contratar o técnico Luiz Fernandéz (ver post abaixo), o primeiro nome falado foi o do atacante português Pauleta.

Logo depois, surgiu o nome do japonês Nakata, que está sem clube. Nakata declarou que a princípio não estava interessado em jogar por aqui, e que iria conversar com técnico Zico sobre a possibilidade.
Abaixo, Nakata contra Giberto Silva.



Semanas mais tarde, o time da capital quis arrancar o bom meia Idan Tal, do Maccabi Haifa.
Nada feito.

Esses dias, um novo nome apareceu nos jornais. E brasileiro.
O atacante Aloísio (ex-Atlético Paranaense), que está no São Paulo, poderia ser o reforço do Beitar para o ataque.
Será?



2) O Maccabi Haifa continua passeando.
Apesar de ter vendido o centroavante Yaniv Katan para o West Ham, da Inglaterra, o time do norte continua sobrando no campeonato. No último fim de semana, venceu o pobre Natzeret Illit, fora de casa, por 6 a 0.

Se não acontecer uma catástrofe, ninguém tira o tri-campeonato consecutivo (o nono na história) do Maccabi Haifa.
Abaixo, o atacante Shlomi Arbaitman (titular depois da saída de Katan) no jogo contra o Natzeret.



3) Um acontecimento vergonhoso rodou o mundo na última semana. E eu, nesse mesmo blog, já tinha chamado a atenção para a possibilidade.

Pancadaria generalizado no campo do time árabe Bnei Sakhnin.
Também pudera. Sem policiamento, sem segurança, sem proteção. ´
Torcedores do time mais antipático do país (o Beitar Yerushalaim) entraram em confronto com torcedores do Sakhnin.
Não precisa explicar o porquê...



Batalha campal mesmo, daquelas que a gente se acostumou a ver no Brasil (quem não se lembra da final de um torneio de juniores entre Palmeiras e São Paulo, há mais de 10 anos?)

A manchete do noticiário do canal Sport 5 resumiu o episódio lamentável:
"Sakhnin não tem problemas com a polícia. Mas tem com o Beitar."
 
quarta-feira, novembro 16, 2005
  A solução ???

Já não se fazem mais ídolos como antigamente.
Não é preciso muita experiência para lembrar de grandes ídolos do futebol. Jogadores que, colocando o pé no aeroporto ou em qualquer lugar público, eram tratados como heróis.
Mas um mundo perverso vem alterando até mesmo os alicerces do futebol. Basta ver o que aconteceu, infelizmente, com algumas grandes equipes do mundo. Chelsea, Manchester United, CSKA Moscou, até o Corinthians.
A bola da vez: o Beitar Yerushalaim.

Eis que, no ínicio do semestre, cai de para-quedas em Israel o bilionário russo Arkadi Gaydamak.
Compra 55% do Beitar Yerushalaim e, logo de cara, anuncia que o então treinador Eli Ohana (atacante da seleção na década de 80) não era um líder nato.
Começa a revolução no Beitar.

Tudo bem que o bilionário russo acabou salvando o clube de um colpaso financeiro.
Para os dirigentes, Gaydamak foi a solução.
Quando chegou, passeou com o prefeito de Jerusalém no mercado Mahané Yehuda, a "capital" dos torcedores direitistas do Beitar. Foi ovacioado.
Na imprensa, foi chamado de "o Messias do Beitar".



O "Kia do Beitar" também chegou prometendo títulos, contratações, investimentos.
Contratou o técnico holandês Ton Caanen como tapa-buraco, até que um nome de peso pudesse ser trazido. Caanen, que disse já ter cansado de dar entrevistas sobre sua substituição por um nome mais famoso, vem até fazendo um bom trabalho. Depois do início de temporada frustrante, já colocou o Beitar na terceira posição na liga.
Ele e o israelense Guy Arazi devem continuar na comissão técnica.
Abaixo, Caanen (de gravata) e Arazi, na apresentação, há poucos meses.



E parece que Gaydamak encontrou "o nome".
Trata-se do francês Luiz Fernandez, 46 anos, uma das estrelas da seleção da França na década de 80 (campeão europeu em 1984 e presente nas Copas de 1982 e 1986).

Que brasileiro de boa memória não se lembra de Fernandez ???
Foi ele o responsável pela última cobrança de pênaltis, nas quartas-de-final da Copa de 86.
Brasil e França, Guadalajara, estão lembrados? O goleiro Bats defendeu a cobrança de Julio César e Fernandez fechou a série...
O auge de sua carreira como treinador ocorreu há 9 anos, no Paris Saint Germain. Depois disso, Fernandez treinou a seleção espanhola, o Atlético de Bilbao e o Español de Barcelona.
Atualmente, trabalha no Al-Rayyan do Qatar.
Abaixo, a tragédia de 1986.



Os jornais on-line israelenses anunciaram que Luiz Fernandez desembarcou em Israel há exatamente uma hora e meia. À tarde, numa conferência de imprensa com a presença do "dono" do Beitar, deverá ser anunciado seu contrato de 3 anos no comando técnico da equipe de Jerusalém.
Segundo algumas fontes, Fernandez e Gaydamak já se reuniram pelo menos duas vezes.
Na última terça-feira, em Moscou, conversaram por 3 horas e chegaram a um acordo.

O que se pode esperar do futuro?
Já conhecemos essa história... um time milionário, títulos e, após alguns anos, realmente o fundo do poço. Categorias de base destruídas, cofre vazio, segunda divisão, dívidas e mais dívidas. Isso se os maníacos torcedores do Beitar Yerushalaim não resolverem quebrar tudo antes ou colocar a culpa nos árabes...
Por enquanto, "ave Gaydamak" e "ave Fernandez" (na foto abaixo).
Quem será o próximo?



ps1: E numa falha bizonha da zaga do Bnei Yehuda, o Maccabi Haifa venceu o duelo entre líder e vice-líder e disparou ainda mais na ponta da tabela.
Depois de 9 rodadas, o time de Haifa já abriu 8 pontos de vantagem para o segundo colocado, o próprio Bnei Yehuda. Nove vitórias, uma campanha 100%.
Foi um bom jogo. Movimentado. No primeiro tempo, o Bnei Yehuda teve as melhores chances. A torcida compareceu, e o gol parecia ser uma questão de tempo.
Mas faltando três minutos para o intervalo, a zaga inteira falhou deixando Michael Zandberg (na foto baixo) livre dentro da pequena área. 1 a 0 para o Maccabi Haifa.
No segundo tempo, o líder do campeonato apenas administrou. Poderia ter chegado ao segundo.



Promessa para um grande jogo no domingo, em Haifa. O Maccabi Tel-Aviv enfrenta o líder do campeonato.
Com uma semana de antecedência, três mil ingressos já foram vendidos.
A torcida de Haifa promete uma "calorosa" recepção aos jogadores Eyal Berkovic e Giovanni Rosso. Tudo porque são ex-jogadores do Maccabi Haifa que foram defender o rival...
 
sábado, novembro 12, 2005
  Assim é que se faz

Logo após Golda Meir ser eleita Primeiro-Ministro de Israel, tornando-se a segunda líder feminina do mundo moderno, a seleção de futebol preparava-se para mais um desafio.
Em 1969, apesar da Associação Israelense de Futebol ainda estar ligada oficialmente à Confederação Asiática, decidiu-se por consenso que Israel jogaria as eliminatórias para a Copa de 1970 pela repescagem da Oceania. Eram os primeiros passos para o abandono da seleção do quadro asiático (que ocorreu em 1974, após a Guerra de Yom Kippur).
A iniciativa, como não poderia deixar de ser, fora 100% do bloco árabe-muçulmano da Confederação Asiática de Futebol.

Quatro jogos decisivos. Mata-mata.
Nova Zelândia e Austrália estavam no caminho israelense para sua primeira Copa do Mundo.
O equipe de Israel que entrou em campo do estádio Ramat-Gan em 28 de Setembro de 1969 já acumulara alguma experiência. Dois anos antes, chegaram às quartas-de-final do torneio Olímpico de futebol e alcançaram o terceiro lugar na Copa Asiática das Nações, no Irã.
Immanuel Sheffer, que substituíra Milovan Ciric após a derrota para o Irã na semifinal asiática, foi o treinador escolhido para levar a seleção mais uma vez ao México. Sheffer concentrou todas suas forças e esperanças para as eliminatórias da Copa. E deu certo.

Depois de um primeiro tempo sem gols, o goleiro neo-zelandês Derek Phillips foi buscar a bola nas redes por quatro vezes na etapa final. E Israel levara grande vantagem para o jogo de volta, três dias depois.
Vinte seis mil testemunharam Mordechai Spiegler (aos 48), Giora Spiegel (aos 64) e Yehoshua Feigenbaum (aos 72 e 87 minutos) marcarem.
No jogo da volta (também em Israel, para um público pequeno), os israelenses venceram por 2 a 0.
Abaixo, o camisa 10 Mordechai Spiegler entre dois neo-zelandeses.



O confronto entre Austrália e a Rodésia (atual Zimbabwe, na época colônia britânica), pela outra semifinal, foi marcada por controvérsias.
Tudo porque os mexicanos, responsáveis pela organização da Copa do Mundo, anunciaram que não receberiam a seleção da Rodésia caso ela se classificasse. O México posicionava-se contra o tratamento que o governo da Rodésia do Sul dava ao seu povo.
As duas partidas, marcadas para o estádio Salazar, em Moçambique, terminaram empatadas. Na primeira delas, em 23/11/1969, os australianos empataram em 1 a 1 (seu capitão, Johnnie Warren, não jogou por causa de uma gripe).
Com Warren de volta para o segundo jogo, as duas equipes não passaram de um 0 a 0 pífio. Uma terceira partida fora marcada, no mesmo estádio, e os australianos venceram por 3 a 1.
Imediatamente tomaram o avião para Tel-Aviv.

Mais de quarenta mil pessoas lotaram o estádio Ramat-Gan para o equilibrado confronto que daria ao vencedor vaga na Copa do México.
Aos 18 minutos, depois de uma confusão na área australiana, a bola entrou caprichosamente. O árbitro deu gol contra do zagueiro Zeman, mas muitos até hoje reconhecem o gol como de Giora Spiegel.
Com maior preparo físico e tocando bastante a bola, os israelenses venceram por 1 a 0, perdendo ainda um pênalti no primeiro tempo.Vitória magra. Perigosa para o segundo jogo.
Abaixo, o goleiro israelense Itzik Visoker, logo após a vitória contra a Austrália.



Na segunda partida, em Sydney, os australianos prometeram "sufocar" a seleção israelense.
Era 14 de Dezembro de 1969.
No Sydney Sports Ground, com seu uniforme azul-claro, Israel segurava bem a pressão. Levou o 0 a 0 para o vestiário. Na volta, fechou-se na defesa.
Até que, num contra-ataque rápido, Mordechai Spiegler surpreendeu a defesa e marcou para Israel. O relógio apontava 33 minutos do segundo tempo.
A Austrália se jogou ao ataque. Pressão. Vinte mil australianos gritavam. Aos 43, Watkiss empatou.

E foram os dois minutos mais dramáticos da história do futebol israelense.
Todos os olhares estavam no árbitro austríaco Ferdinand Marschall, o mesmo do primeiro jogo.
Até que ele apitou.
1 a 1, placar final. Do outro lado do mundo, Israel fazia história.
Os heróis:

Itzik Visoker - Shraga Bar, Zvi Rozen, David Primo, Menahem Bello -
Giora Spiegel, Shmuel Rosenthal, Mordechai Spiegler, Itzhak Shum (Moti Lubetski) -
Meir Barad (Rahamim Talbi), Yehoshua Feigenbaum
técnico: Immanuel Sheffer
 
terça-feira, novembro 08, 2005
  Deu cara

Foi tranqüila a caminhada de Israel para chegar aos seus primeiros jogos olímpicos jogando futebol.
Na verdade, foram apenas pequenos passadas. Duas goleadas. Nada de "caminhada".

A princípio, o grupo 3 das eliminatórias asiáticas seria disputado inteiramente em Israel. Contava com a seleção da casa, Sri Lanka, Burma, Índia, Irã e Coréia do Norte (os outros dois grupos foram sediados no Japão e na Tailândia). Porém, os quatro últimos recusaram-se a jogar em território israelense por motivos políticos; e o caminho ficou livre para os anfitriões.
É preciso lembrar que, cerca de seis meses antes, a Guerra dos Seis Dias eclodira no Oriente Médio. E Israel ganhara mais alguns nomes na lista de "inimigos"...

No fim das contas, o que está registrado na história é a primeira participação israelense num torneio olímpico de futebol. Nada de boicotes ou qualquer tipo de intolerância. Bastava vencer a seleção de Sri Lanka nas duas partidas que seriam realizadas no estádio Bloomfield, em Yaffo.
Em 17 de Março de 1968, com três gols de Mordechai Spiegler e dois de George Borba, Israel goleou os coitados cingaleses por 7 a 0. Cinco dias depois, as duas equipes voltaram a se enfrentar e Israel mais uma vez venceu: 5 a 0.
E Israel viajou ao México.



Logo de cara, mais um problema "político" mudou o destino da equipe israelense.
A seleção de Marrocos, classificada, abriu mão de disputar o torneio (exatamente por estar no grupo de Israel) e deu lugar à Gana.
E a epopéia das Olimpíadas estava apenas começando.

Numa estréia polêmica e movimentada, Israel bateu os ganeses por 5 a 3, em Léon.
Mas o dia 13 de Outubro de 1968 ficaria marcado, na Vila Olímpica, por uma briga generalizada entre os jogadores das duas equipes. Briga que começou dentro de campo.
Porém, no gramado,Yehoshua Feigenbaum marcou três vezes e colocou Israel na ponta do grupo C.
A partida entre Guatemala e Checoslováquia, vencida pelos latinos por 1 a 0, também terminou em pancadaria generalizada.

Na segunda partida, dois dias depois (e com os ânimos bem mais acalmados), Israel venceu a seleção de El Salvador por 3 a 1. Classificação garantida.
Faltava o último jogo do grupo, justamente contra a grande favorita. A Hungria do artilheiro Dunai. E foi o próprio Antal Dunai que marcou os dois gols da vitória da seleção olímpica da Hungria sobre Israel, em 17 de Outubro de 1968, no estádio Jalisco de Guadalajara (que os brasileiros conhecem bem).

Eis que chega o grande dia: 20 de Outubro de 1968. Estádio Municipal de León, no México.
Quartas-de-final, Israel versus Bulgária.
Logo aos 4 minutos, Donev abriu o marcador para os búlgaros. Seria mais uma goleada para a "coleção" da história israelense no futebol; mas não. Israel endureceu o jogo. Partiu pra cima.
Aos 44 minutos do segundo tempo, Yehoshua Feigenbaum empatou. Festa da delegação israelense. E o jogo foi para a prorrogação.

Depois de 30 minutos tensos, 1 a 1. E nada de pênaltis.
De acordo com o regulamento da competição, a vaga seria decidia na moedinha: cara ou coroa. O respeitado árbitro francês Michel Kitabdjian seria o responsável.
"Cara" para a Bulgária, "coroa" para Israel. Com um gesto rápido, o árbitro mostrou a moeda.
Cara. Decepção. Choro. O sonho acabara.



A equipe israelense do técnico Imanuel Shefer na "batalha" contra os búlgaros.

Haim Levin - Shraga Bar, Zvi Rozen, Itzhak Drucker, Yeshaayahu Schwager (George Borba),
Menahem Bello - Giora Spiegel, Shmuel Rosenthal, Mordechai Spiegler -
Yehoshua Feigenbaum, Reuven Young (Itzik Englander)

Entre 1966 e 1977, o atacante Yehoshua Feigenbaum (artilheiro israelense nas Olimpíadas do México, com 4 gols) disputou 50 partidas pela seleção israelense. Marcou 23 gols, sendo titular na Copa de 1970.
Com 57 anos, Feigenbaum (que é "a cara" do falecido ator Rogério Cardoso, o Roland Lero da "Escolinha") foi demitido do comando técnico do Hapoel Tel-Aviv no fim da temporada passada.
Hoje é o treinador da minha equipe: o Hapoel Yerushalaim, capengando na segunda divisão.



Uma curiosidade: na disputa do terceiro lugar, quando a seleção da casa perdia para os japoneses por 2 a 0, torcedores mexicanos começaram a jogar objetos no gramado e interromperam o jogo.
Fizeram o mesmo na final, em que os húngaros golearam a Bulgária por 4 a 1.

Abaixo, a abertura do torneio de futebol. Ninguém (ou quase ninguém) esperava tanta confusão.
Foram os jogos olimpícos mais tumultuados da história do futebol.


 
quinta-feira, novembro 03, 2005
  Se7en, por sul-americanos...

Não, meus amigos! Não se tratam de pecados, pelo contrário.
Nada de gula, avareza, soberba, luxúria, preguiça, ira ou inveja. Talvez apenas inveja...
Sete jogos, sete vitórias. No alto de pedestal, num patamar elevado, está o Maccabi Haifa. Abaixo, todos os outros.

Dessa vez, a vítima foi o pobre Ashdod. Fora de casa, o líder e atual bicampeão sapecou um 2 a 1 e abriu cinco pontos de vantagem. E ainda estamos no início do torneio.
Todos nós sabemos que o Maccabi Haifa é a base da seleção israelense: jogam Harazi, Keisi, Tal, Zandberg, Katan. Mas seria o suficiente para uma superioridade tão grande?
Qual seria, portanto, "o pulo do gato"?

Não é preciso procurar demais. Logo de cara, encontra-se a resposta; ou as respostas: dois brasileiros e um argentino.

O destaque da vitória do Maccabi Haifa no último fim de semana é um jogador pouco comentado. Deveria sê-lo mais.
Com 27 anos, o meia-atacante Gustavo Boccoli começou a dar seus primeiros chutes na Portuguesa de Desportos. Com histórico de bebedeiras, rodou pelo interior paulista (Araraquara, Nacional) e pelo Brescia, da Itália, até chegar, por meio de um empresário, ao Hapoel Ramat Gan (da Segunda Divisão israelense).
Boccoli tornou-se frequentador, antes da transferência, da Igreja do Bispo Edir Macedo. E resolveu acertar sua carreira.
Contratado junto ao Maccabi Natzeret (onde foi eleito melhor jogador da equipe na temporada 2003-2004, mesmo sendo rebaixado), Boccoli tratou de mostrar serviço. Logo em seu primeiro campeonato em Haifa, foi campeão e terceiro artilheiro da equipe, com 10 gols.



Quem anda comendo a bola por aqui é o meia Dirceu, ex-Santo André.
Quem não se lembra do Maracanã lotado na final da Copa do Brasil de 2004? Era o volante Dirceu quem comandou o time do ABC na vitória histórica sobre o Flamengo.
Nascido em Cabo Frio, Dirceu começou nas divisões de base do Fluminense, onde jogou até 2001. Logo depois, Dirceu defendeu as cores da Juventus de São Paulo, disputando dois campeonatos paulistas antes de vestir a camiseta do Santo André e tornar-se campeão da Copa do Brasil.
Em Agosto de 2004, Dirceu foi contratado pelo Maccabi Haifa juntamento com o volante Marcos Paulo, do Cruzeiro.
Dirceu vingou, Marcos Paulo, não.
O carioca (apelidado aqui de Samuel L. Jackson) é hoje o ponto de equilíbrio do meio-campo do Maccabi Haifa. E acaba de renovar com a equipe do norte por mais dois anos.



É comum escutar, em rodas sobre futebol, que Israel não tem atacante. De motoristas de táxi a vendedores de faláfel, é quase unanimidade.
"Ein lanu chalutzim" ("não temos atacantes"), reclamam!
Mesmo contando com a boa fase de Yaniv Katan, o Maccabi Haifa foi buscar com "los hermanos argentinos" seu matador: Roberto Collauti, ex-Boca Juniors.
Collauti foi nada menos que o artilheiro da última temporada, com 19 gols. Nessa, em 7 jogos, marcou apenas dois gols.
Abaixo, o cordobês goleador do Maccabi Haifa.



O que seria do todo-poderoso Maccabi Haifa sem seu esquadrão latino?
Eles fazem assim tanta diferença?
Difícil responder. O que dá para dizer é que a equipe de Haifa pode, facilmente, continuar sua sequência invicta e acumular vitórias. Passar de seven para eight, nine, ten... assim, o tri-campeonato só é uma questão de tempo.
Em 7 rodadas, já são cinco pontos de vantagem. E mais virão.
 
Equipes, campeonatos e, é claro, a seleção nacional!

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Pareço muitas coisas e não sou nenhuma.

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